sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Resenha HQ

O Jogo do Exterminador:
 Escola de Combate
A quadrinização de um dos melhores livros de ficção científica chegou ao Brasil.
Uma breve sinopse: Em um futuro distante, alienígenas hostis conhecidos como os Formics atacaram a Terra e quase dizimaram a raça humana, mas graças ao ato heróico de Mazer Rackham, a batalha foi vencida com muita dificuldade.
Agora com a morte de Mazer, as forças militares da Terra treinam crianças superdotadas para tentar encontrar um novo gênio militar para liderá-los nas próximas  batalhas contra os Formics.
Nesse momento que conhecemos Andrew "Ender" Wiggin, um garoto tímido de seis anos que é escolhido para treinar na Escola de Combate e talvez se tornar a única esperança da raça humana.
Ender pode ser a salvação da humanidade
Em 1985, Orson Scott Card lançou o livro O Jogo do Exterminador (Ender's Game) e virou um sucesso, ganhou o prêmio Nebula de melhor romance e em 1986 ganhou o prêmio Hugo, também por melhor romance.
Em 2013, a Lionsgate lançou no cinema o filme Ender's Game: O Jogo do Exterminador, não assisti, mas pelos comentários dos fãs, acho que foi bom eu ter economizado o dinheiro.
Capa do livro pela Devir e poster do filme
Agora, em 2014, a Panini lançou em bancas a quadrinização do livro de Scott Card. A HQ segue a risca a história do livro, vemos os desafios de Ender em se impor para seus colegas e sua família e seu recrutamento e treinamento na Escola de Combate.
A cena em que Ender é hostilizado por seus colegas de escola é tão chocante quanto no livro e mostra que não devemos nos levar pela aparência de fragilidade de Ender.
"Derruba-lo me venceu a primeira batalha, eu precisava ganhar todas as seguintes também"
Ender tem que enfrentar o incomodo de ser um "terceiro", o filho que os país não queriam, mas foram obrigados a ter. Ele também se vê divido entre o amor fraternal de sua irmã Valentine e o ódio de Peter, seu irmão mais velho que se ressente por Ender ser melhor que ele. Os dois irmãos de Ender também são superdotados, mas não conseguiram qualificações psicológicas para entrar na Escola de Combate, se Christopher Yost segui com o mesmo enredo do livro, a importâncias dos dois ira crescer durante a trama.
Valentine e Peter
O ponte forte tanto no livro quanto no quadrinho é a Escola de Combate, uma estação orbital onde os recrutas são levadas para treinar em jogos de guerras, principalmente na Sala de Combate, um ambiente de gravidade zero onde as crianças são divididas em times e precisam vencer seus adversários.
A Sala de Combate
Assim como no livro, Yost conseguiu mostrar que apesar da pouca idade de Ender, ele se porta mais como um adulto, mas ainda é um criança, a evolução de Ender também é mostrada (um pouco mais resumida que no livro é claro), que vai de um garoto odiado por ser o melhor, até um respeitado estrategista e possivelmente um grande líder. A leitura é leve, não cansa e sempre deixa um gostinho de quero mais. 
Pasqual Ferry é mais conhecido no Brasil pela minissérie Adam Stranger: Mistério no Espaço. Ele consegue criar ambiente futuristas realistas  que as vezes mistura com um toque de fantasia. Sua pintura salta aos olhos e passa ao leitor a sensação de que tudo não passa de um jogo bonito e colorido que logo é quebrado pelas cenas de violência.
A bela arte de Pasqual Ferry
Recomendado para fãs de ficção científica e para quem gosta de uma boa leitura descompromissada.
Para fechar, a edição lançada pela Panini possui 128 páginas e uma encadernação em capa dura, no valor de 22,90.

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