sábado, 22 de fevereiro de 2014

Análise de Cinema
Robocop
Ontem estreou o filme do novo Robocop.
Será que o filme é bom? Será que é melhor que a primeira versão? José Padilha conseguiu o que queria ao dirigir esse filme?
Vamos tentar descobri.
Estamos em 2028, as forças armadas dos Estados Unidos usam drones não tripulados para manter a ordem e a paz em países estrangeiros hostis sem o sacrifício de perdas de soldados americanos.
Raymond Sellars (Michael Keaton), dono da companhia OmniCorp, tenta convencer os americanos que seus drones podem trazer o mesmo benefício para o povo, mas acaba esbarrando em uma lei que proíbe que robôs puxem o gatilho de uma arma em território doméstico.
Raymond Sellars
Enquanto isso, os detetives Alex Murphy (Joel Kinnaman) e Jack Lewis (Michael K. Williams) estão investigando o tráfico de armas e acabam se encontrando com Vallon, o chefe da organização criminosa e quase conseguem prende-lo.
O novo Alex Murphy
Nesse tempo, Sellars precisa convencer o público americano sobre a confiabilidade de seus robôs e convoca o Dr. Norton (Gary Oldman) para colocar um ser humano em um corpo robótico.
Norton e Sellars
Alex acaba sofrendo um atentado a bomba armado por Vallon e fica entre a vida e a morte.
Norton consegue convencer Clara Murphy (Abbie Cornish) que a operação é a única saída para a sobrevivência de seu marido, que sofreu amputações de membros e teve queimaduras de 4º grau em 80% de seu corpo.
Após Clara concorda, Alex é levado para um complexo e passa por uma operação que o transforma na mais nova arma contra o crime: Robocop.
Dr. Norton conversando com Alex
Aí esta a trama básica do filme Robocop, agora vamos a análise.
Fui ao cinema com a mente aberta, não fui com a intenção de ficar comparando o novo com o antigo, mas infelizmente não consegui.
O filme se mostrou muito fraco e monótono, não havia nem uma cena impactante que me fizesse dizer "uau". A graça do filme antigo era a violência, o que se perdeu no filme atual graças a decisão de fazer um filme família com sua classificação PG13 (menores de 13 anos não podem entra sem o acompanhamento dos país).
Clara Murphy, seu filho e Jack Lewis
O drama familiar não me convenceu e o peso do personagem Lewis foi muito diminuído em comparação ao mesmo personagem no Robocop de 1987.
Nenhum vilão carismático, enquanto no filme antigo Clarence Boddicker e sua gangue mereceram o seu fim e Dick Jones era o diabo em pessoa, Raymond Sellars e Maddox (personagem interpretado por Jackie Earle Haley) não me convenceram.
O designer do novo Robocop ficou mais moderno, mas me pareceu um homem vestido em uma armadura do que um um robô com enxerto de pele sintética.
Diferença entre os dois Robocops
Enquanto no filme original nós vemos poucas vezes o rosto de Alex Murphy, e quando era mostrado ele transmitia um certo incomodo, no filme atual isso não acontece, me lembrou o filme do Juiz Dredd com Silvester Stallone onde ele fica a maior parte do filme sem o capacete somente para mostrar o rosto do ator, já sabem no que deu.
Não engoli a desculpa para manter a mão humana, a de que um robô não tem o direito de puxar o gatilho de uma arma em território americano, mas então como ele atirava com a mão esquerda?
Mas nem tudo é negativo no novo Robocop, a crítica social se mantém na figura do apresentador Pat Novak (Samuel L. Jackson), alias o melhor personagem do filme, que clama para todos que os EUA são os salvadores do mundo e tem o direito de se meterem em assuntos estrangeiros, a cenas de ação estão ótimas e foi muito emocionante escutar o tema antigo sem nenhuma modificação no estilo hip-hop ou toda remixada.
Pat Novak
Infelizmente Robocop é um filme de produtores, em algumas cenas podemos ver a mão de José Padilha, mas esse é um filme geração politicamente correto e o final (que não vou entregar é claro) " e eles viveram felizes para sempre" demonstra isso.
Robocop estreou em 20 de Fevereiro de 2014 com a direção de José Padilha com o orçamento de 100 milhões de dólares.
Até a próxima.
    
 


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