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O primeiro encontro do “Caçador de Mitos” Parte 1

                Ele recordou uma das “historias” ou “estórias” do avô que ouvia nos fins de semana em um das varias visitas rotineiras que fazia. Aquela “estória”, aquela que lhe veio à mente seria a chave para salvar a sua vida?
 Mas antes teria que testar, porem, tempo é um luxo que não possui. Principalmente para quem esta lançada ao solo, com pelo menos duas costelas quebradas, ofegante, lavado em suor, com o arsenal marcial esgotado, no meio de uma mata fechada e densa, aparentando ser mais de meia noite e restando apenas aquela “estória” contada pelo avô que fora um soldado da borracha aposentado de 96 anos. Um sobrevivente da selva, esse é o adjetivo que ele da ao avô.

Enquanto pensa, as mãos nervosas tecem uma pequena argola feita de galhos seco, mas feitas com muito capricho, pois a “estória” poderia ser uma “historia”, ele não esta querendo correr risco de trocar uma pela outra. Terminado de tecer a argola, que por sinal ficou muito bonita, ele a pendurou em um galho até aonde as costelas quebradas o permitiu. O desespero veio após o feito, o estado de inconsciência o dominou.

Horas depois ele vê apenas sombras, mas reconhece a voz do avô e em seguida ouve uma pergunta – Você fez a argola? – Sem condições de falar, graças às costelas, apenas balança a cabeça confirmando que sim.

                                                                                                                                               Autor: AVP